Jardim de Agnes por Silvia Falabella

Pois é, fazia uns seis anos que não via minha amiga. Falávamos pouco por e-mail ou através de alguns recados no ORKUT... E lá fui eu.

Passamos a tarde botando a conversa em dia, e na hora de ir embora, ela me presenteou com seus livros: Os Estranhos e Jardim de Agnes. Entrei no ônibus e optei por começar a leitura pelo nome do livro e não pela ordem cronológica de nascimento. Desta forma, comecei por Agnes.

Ultimamente, ando bem chata para livros. Comecei muitos e não terminei, porque é como se faltasse algo para me prender e terminá-los. Mas confesso que com Agnes a coisa foi bem maluca... Em um dia e meio terminei o livro. Acho que se eu não acabasse com ele, ele acabaria comigo.

A Agnes e seus jardins são assim, como se vivêssemos a vida de um gole só! Nossa heroína é meio uma anti-heroína, aquilo tudo que choca e que a sociedade detesta, mas é aquela moça, que nós que temos almas especiais, queremos ser. Aquela que desafia o que está posto, que causa um grande tumulto para alcançar seus objetivos, mas que tem um motivo muito maior para tanta bagunça.

Lembrou-me muito um dos meus personagens favoritos: O Selvagem de um livro bem antigo que li. Parece que as pessoas que causam tumulto são sempre mal entendidas, com a Agnes foi assim! Ela tinha um objetivo, passou pela vida das pessoas como uma tempestade, causou uma grande confusão, passou por muitas provações e tormentos, coisas que poderiam fazer os ditos “normais” enlouquecerem, mas não a Agnes. Afinal, quando a sociedade já nos vê como anormais, fica mais fácil de resistir e seguir em frente em busca de um sonho tão delicado e precioso. É assim que descrevo o objetivo de Agnes: DELICADO E PRECIOSO!

Agnes é daqueles seres humanos que podem passar por mil obstáculos em busca de um bem maior para todos, e pessoas assim apaixonam pela coragem, assustam pela ousadia, e com certeza causam aquela pontinha de inveja nas pessoas que sofrem de ‘umbiguismo’ e só pensam em objetivos próprios.

O objetivo de Agnes é aquele que considero o bem maior de uma sociedade: LIBERDADE! Vocês devem perguntar qual tipo de liberdade e eu direi: qualquer coisa que tire as amarras, que faça pensar, que acredite num mundo melhor é para mim LIBERDADE!

A maluca que aqui escreve é suspeita para falar, afinal, vivo quebrando os padrões, vivendo intensamente, e pago um preço alto por isso. Mas como diz a musica: “Cada um sabe a dor e a delicia de ser o que é”, e sendo assim, eu proponho que se arrisquem a ler o livro, e ao menos vivam um pouco da LIBERDADE de Agnes. E se for possível, vivam os sonhos, acreditem, transgridam e sejam um pouco de Agnes nesta vida!

Silvia Falabella é assistente social.

Agnes > Amanda

Esta é a Amanda, sobrinha de quem o nascimento inspirou Carla Dias a criar a personagem Agnes.

Lançamento

O lançamento do Jardim de Agnes aconteceu no dia 28 de agosto, na Livraria da Vila da Alameda Lorena.

Abaixo, algumas fotos:









Carla Dias no Cultura News


Carla Dias está no Primeiras Palavras, no site Cultura News, da Livraria Cultura, falando sobre o seu livro, Jardim de Agnes. Quem quiser conferir o artigo do Sergio Miguez, clique AQUI.

Abaixo, o depoimento em vídeo.


Onde Comprar

O livro Jardim de Agnes já está à venda através dos sites da Livraria Cultura e da Martins Fontes.
Para ter acesso direto à página sobre o livro, clique abaixo:



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Palavras de quem leu

"Voltando ao jardim da Agnes... desejei que o livro não terminasse. Foi assim que me senti. Um prazer enorme em sua literatura e a certeza do grande talento que é possuidora. Homem chora menina, e o fiz sem nenhuma restrição. E quero poder divulgar o seu livro para quem adora literatura. Não preciso dizer que é a mais alta que já vi, sem ser piegas, como foi o seu livro."

Cilas Medi
Santos - SP

Jardim de Agnes no Livros em Revista

Carla Dias e Debora Barbieri participaram do programa Livros em Revista, no último dia 26, falando sobre o livro Jardim de Agnes.

Confira abaixo:


Carla Dias no Livros em Revista

Na próxima quinta-feira, dia 26 de agosto, às 17h, a autora de Jardim de Agnes, Carla Dias, será entrevistada, ao vivo, por Ralph Peter, no programa Livros em Revista, da Clic TV.

Para assistir e enviar perguntas e comentários, durante o programa, acesse www.clictv.com.br.

A produção do livro

O livro JARDIM DE AGNES ficou pronto e foi direto para a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, para o estande da Bookmix, no estande M18.

Abaixo, seguem algumas imagens da produção do livro. São provas de cor, o livro antes da montagem e a aplicação da faca, que é essa furação no formato das flores, deixando aparente o azul do verso produzido com a aba maior para criar o efeito que nos desperta a vontade de tocá-lo.











O POSTAL DO LANÇAMENTO DO LIVRO

Por que IBIDEM?


A sonoridade das palavras tem tanto valor quanto o significado delas para Carla Dias. Na poesia, a autora recorre sempre à cadência das palavras ditas, combinada ao tema do poema. E foi mais ou menos isso o que aconteceu quando a autora escolheu o nome da cidade na qual Agnes viveria a sua história.

Certa vez, Carla saiu de um ensaio, e como era de costume, foi a uma padaria tomar café com os amigos e companheiros de banda, Ionio e Patrícia. Em uma conversa, da qual a autora não se lembra o tema, ela disse à Patrícia “Idem”, ao que a amiga respondeu “Ibidem”. Foi a primeira vez que Carla ouviu alguém dizer a palavra que conhecia apenas na forma escrita, e gostou tanto da sonoridade, que passou anos com essa lembrança. Quando começou a escrever o Jardim de Agnes, e teve de dar um nome à tão peculiar cidade, a voz da amiga dizendo a palavra veio à lembrança, e Carla batizou o lar de Agnes de Ibidem.

Ibidem é um advérbio que significa “aí mesmo; no mesmo lugar”, assim como é empregado em citações, pois também significa “na mesma obra, capítulo ou página”.

Crônicas de Carla

Desde 1998, Carla Dias publica crônicas de sua autoria no site Crônica do Dia.

Atualmente, é cronista fixa, publicando semanalmente, às quartas.

Clique e leia a publicação de hoje: NÃO HÁ LUGAR.

Agnes e Bill Evans

Em Ibidem, cidade de Agnes, que recebe Hugo, Junior e Beto (leia a sinopse do livro clicando AQUI), a arte é subjugada. A cultura da cidade se resume ao que uma comissão seleciona, e não é apreciada de acordo com o que cada pessoa escolhe para gostar.

Agnes, assim como sua mãe, é fã de Bill Evans. Em algumas passagens do livro, a personagem firma o seu gosto pelo pianista.


Bill Evans - My Foolish Heart

Jardim de Agnes: Sinopse

Ibidem é das máscaras, esquecida no meio do deserto, com leis impostas por censores, marionetes de um homem poderoso, que sonha em controlar completamente a cidade.

Definida como a subversiva, a luxuriosa, a artista, a maluca oficial de Ibidem, Agnes é das tempestades, principalmente ao defender a cidade fundada pelo seu avô da ganância e despropósito de seu pai, Fernando, este dedicado a enlouquecê-la para ficar com toda a fortuna da família. É justamente a batalha travada entre pai e filha, entre o algoz e a sua vítima, que modifica a dinâmica da cidade.A biografia de Agnes se mistura à de Ibidem.

Hugo, Beto e Junior chegam à Ibidem para fugir do circo que a mídia e a intolerância lhes impuseram, após serem julgados e inocentados por homicídio. Na busca pelo lar que deixaram para trás, descobrem esse lugar que os desafia a repensar os próprios valores. Ao conhecerem Agnes, permitem que ela se embrenhe em suas vidas, mudando o conceito que tinham de lar e de amizade.

O encantamento de Hugo por Agnes é o que conduz a história. Como narrador, ele descortina não apenas a ligação entre essa inquietante mulher e a sua cidade de origem, mas também embarca em uma jornada de emoções desencontradas e surpreendentes descobertas.

Como Agnes nasceu

Na literatura de Carla Dias, os personagens principais de suas tramas são criados a partir da necessidade de dizer algo. No caso de Agnes, a construção se deu antes de a autora pensar em transportá-la para a literatura. Ela veio antes do algo a dizer.

Em 2000, a irmã mais nova da autora, Adriana, estava grávida do segundo filho. Ainda criança, brincando com suas bonecas, ela escolhera o nome que daria a sua filha, quando ela nascesse. E se manteve firme na decisão até se tornar uma adulta. Porém, não se sabe o motivo, ela decidiu que daria outro nome à filha que não o já escolhido, aquele com o qual batizou tantas bonecas, durante as brincadeiras de criança.

Carla começou a palpitar sobre nomes que Adriana poderia colocar na filha, principalmente porque achava o nome escolhido pela irmã um pouco suave demais. A autora é ciente da própria dificuldade em dar nomes aos personagens, o que dirá a uma criança, então encarava as suas sugestões com desprendimento.

Sugeriu chamá-la Magnólia, logo depois de assistir ao filme de Paul Thomas Anderson. E foram várias as sugestões, até Carla começar a pensar sobre elas com seriedade... Que tipo de pessoa seria uma Valentina? Uma Morgana? Brigite?

Durante várias ligações telefônicas, e longas conversas na casa da mãe, acompanhadas de muito café, Carla explicava à Adriana o porquê de os nomes serem boas opções para a criança. O essencial era que fossem nomes fortes, que sugerissem que a menina seria, antes de tudo, dona de seu próprio destino, capaz de lidar com os altibaixos da vida, sem perder a graça. E disposta a lutar por seus ideais.

De acordo com a autora, mães pensam sonhando sobre como serão os seus filhos, constroem para eles um cenário, mas na maioria das vezes de forma saudável, como desejos de que os filhos tivessem uma boa história de vida. As tias que gostam de ser tias também pensam sobre eles dessa forma, com o desejo de que cheguem ao mundo com a força necessária para encará-lo. E ser tia dos seus seis sobrinhos, para a autora, é um papel do qual não abre mão.

Agnes foi o último nome que Carla sugeriu à irmã. Depois dele, não foi capaz de pensar em qualquer outro. Não sabia o significado, não fez pesquisa para saber origem. A sua sonoridade foi que a permitiu pensar que nele caberiam todas as características da pessoa que a autora acreditava que sua sobrinha poderia ter um dia.

Adriana deu à filha o nome há tanto tempo escolhido: Amanda. Quando ela nasceu, Carla já começara a escrever o romance que, a princípio, tinha o título de À Deriva. Quando a Amanda chegou, Agnes já se desprendera da história da menina, e continuava seu caminho, transformando-se em uma mulher que, apesar das mazelas da vida, lutava para ser quem era, assim como para que as pessoas a sua volta também tivessem o mesmo direito.

Tanto a Adriana quanto a Carla concordam em uma coisa: a Amanda é uma Agnes e tanto em vários aspectos.

Jardim de Agnes é dedicado à Amanda, “de quem o nascimento inspirou a criação de Agnes”.

A capa escolhida

Agradecemos a todos que votaram para a escolha da capa do livro Jardim de Agnes. A escolhida foi a capa nº 2 com 47,08% dos votos.




Em breve, postaremos informações sobre o lançamento do livro.
Jardim de Agnes foi o segundo original de Carla Dias premiado pela Secretaria de Estado da Cultura em um concurso de apoio a projetos de publicação de livros no estado de São Paulo.
A [sic] sente-se muito honrada por ter sido escolhida pela autora para fazer a publicação de suas duas obras premiadas! Pedimos a gentileza de nos ajudarem lendo abaixo a sinopse do livro e escolhendo a capa que gostariam de ver nas livrarias.

Ibidem é das máscaras, esquecida no meio do deserto, com leis impostas por censores, marionetes de um homem poderoso, que sonha em controlar completamente a cidade.
Definida como a subversiva, a luxuriosa, a artista, a maluca oficial de Ibidem, Agnes é das tempestades, principalmente ao defender a cidade fundada pelo seu avô da ganância e despropósito de seu pai, Fernando, este dedicado a enlouquecê-la para ficar com toda a fortuna da família. É justamente a batalha travada entre pai e filha, entre o algoz e a sua vítima, que modifica a dinâmica da cidade.A biografia de Agnes se mistura à de Ibidem.
Hugo, Beto e Junior chegam à Ibidem para fugir do circo que a mídia e a intolerância lhes impuseram, após serem julgados e inocentados por homicídio. Na busca pelo lar que deixaram para trás, descobrem esse lugar que os desafia a repensar os próprios valores. Ao conhecerem Agnes, permitem que ela se embrenhe em suas vidas, mudando o conceito que tinham de lar e de amizade.O encantamento de Hugo por Agnes é o que conduz a história. Como narrador, ele descortina não apenas a ligação entre essa inquietante mulher e a sua cidade de origem, mas também embarca em uma jornada de emoções desencontradas e surpreendentes descobertas.


Capa 1




Capa 2





Capa 3